Mudanças incluem descredenciamento de clínicas, melhorias no acesso a atestados e prontuários médicos, além de ajustes na folha de pagamento
Uma das principais críticas dos bancários estava relacionada à qualidade do atendimento em algumas clínicas credenciadas. Em resposta, o banco informou que descredenciou quatro unidades por não atenderem às necessidades dos funcionários e que pretende criar salas ocupacionais em diversos estados.
Sobre os atestados de saúde ocupacional, que antes eram enviados apenas por e-mail, o Itaú anunciou que passará a fornecer os documentos originais, atendendo às exigências das perícias do INSS, caso contrário, permanece digital.
No caso do prontuário médico, a exigência de firma reconhecida foi retirada. Agora, bastará uma carta de próprio punho acompanhada de foto do crachá para que o trabalhador tenha acesso às informações.
Outra demanda tratada foi a dificuldade de compreensão das folhas de pagamento. O banco informou que, a partir de agosto, o imposto de renda passará a ser retido no momento do pagamento, evitando descontos acumulados em uma única vez. Além disso, a antecipação salarial será registrada em apenas uma rubrica, o que deve facilitar a leitura e entendimento.
Em relação ao exame de retorno e às faltas injustificadas, o Itaú esclareceu que, ao receber a informação de alta, envia um e-mail ao trabalhador para o agendamento. Os dias entre a alta do INSS e a realização do exame deverão ser abonados pelo gestor. Para evitar atrasos, o banco também enviará notificações 15, 10 e 5 dias antes da alta.
Para Luciana Duarte, coordenadora do GT Saúde, os avanços apresentados foram importantes. “O retorno do banco foi satisfatório em relação à maioria dos temas apresentados, uma vez que podemos levar algumas respostas à categoria. Nossa próxima discussão será sobre o canal de denúncias, pois também precisamos que os bancários tenham confiança em denunciar situações de sofrimento no trabalho, sem medo de retaliação, demissão e quebra de sigilo, e que esse processo seja ágil, já que esse é um dos problemas mais recorrentes que recebemos.”
A coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, Valeska Pincovai, também destacou o papel do GT: “É fundamental que o GT Saúde discuta de forma contínua as questões de saúde e condições de trabalho no banco. Queremos também retomar o debate sobre as metas, como forma de prevenção e qualidade de vida no trabalho.”