Apesar das tabelas rebaixadas, a maioria da base da Fetrafi-RS considerou suficientes os avanços conquistados com a pressão sindical. 

Na rodada de assembleias, que aconteceu entre 14 e 15 de agosto, a proposta do Banrisul venceu em 22 sindicatos de base da Fetrafi-RS, entre eles Porto Alegre-RS, no qual se concentram a grande maioria dos trabalhadores do Banco. Venceu ainda em Santa Catarina, Rio de Janeiro e Brasília. O documento foi rejeitado por 15 sindicatos de base.

Depois de 6 meses de intensas negociações, o Movimento Sindical conseguiu melhorar vários aspectos da proposta, mas indicou a rejeição por entender que a mesma ainda apresentava problemas, principalmente porque não prevê equidade salarial para os futuros comissionados da empresa.

Raquel Gil de Oliveira, diretora da Fetrafi-RS e coordenadora da Comissão de Organização de Empregados (COE) do Banrisul, avalia que o Movimento Sindical empenhou todos os esforços para tornar a proposta o mais palatável possível e que iria além, se o Banco aceitasse seguir negociando. “Como instância democrática submetemos o texto final à votação e a maioria dos trabalhadores e das trabalhadoras disseram sim. Nossa luta não termina com a assinatura do acordo, seguiremos mobilizados para garantir que o Banco cumpra o que está no papel. Além disso, estaremos à frente de outras batalhas que dizem respeito aos direitos e à saúde do trabalhador”, enfatizou.

O presidente do SindBancários Porto Alegre e Regiãoe coordenador da COE, Luciano Fetzner, destacou que o texto aprovado não é o que o Sindicato defendia, mas reconheceu que houve avanços importantes em relação à proposta inicial. “A primeira versão que o Banco apresentou era impossível de ser levada à votação, por conter ilegalidades, insegurança, contradições e redução salarial, além das contrapartidas jurídicas. O que foi votado agora só melhorou graças às nossas reivindicações e à mobilização da categoria. Nenhum dos pontos positivos foi um presente do Banrisul, mas sim fruto de muita pressão e negociação”, ressaltou.

O documento aprovado vai virar um ACT que, apesar dos problemas, contempla a conquista histórica da jornada de 6 horas e traz ajustes que fortalecem o Banco e beneficiam uma parte dos trabalhadores.

Até o fechamento dessa matéria, o Banrisul não havia ainda se pronunciado sobre o resultado da votação.

Fonte: Bancários RS


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