Ato ocorreu nesta sexta-feira (08/08), em frente à Direção Geral do Banco, marcando a defesa do futuro do banco. Movimento sindical quer mudanças na proposta antes da assembleia marcada para o dia 14.

“Estamos aqui para promover uma defesa pública da harmonia do Banco do Estado do Rio Grande do Sul”, afirmou o presidente do SindBancários Porto Alegre e Região, Luciano Fetzner, na abertura do ato sobre a reestruturação do Banrisul, promovido pelo Sindicato, na sexta-feira, 8 de agosto, em frente à Direção Geral (DG) do Banco, no Centro da Capital.

Fetzner destacou que, ao longo da negociação com o banco sobre a reestruturação, que já dura seis meses, foi possível avançar em pontos importantes. Entretanto, a proposta ainda é insuficiente, conforme avaliação da Comissão de Organização dos Empregados do Banrisul (COE).

“Contamos com a sensibilidade do Banco, pois falta pouco para que a proposta fique adequada, justa aos trabalhadores, tanto aqueles que há décadas ajudam a construir a empresa, quanto quem chegou a pouco, sonha em fazer carreira e construir o Banrisul do futuro. Esses também precisam ter seu trabalho e seus desejos reconhecidos, com alterações na tabela de gratificação, para alcançar valores que tragam equilíbrio geracional”, pontuou Fetzner.

A Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras (Fetrafi-RS) também esteve representada no ato. Os dirigentes reforçaram a orientação pelo voto contrário à proposta atual do Banrisul, que fere o princípio da isonomia, ao criar distorções entre os quadros, não contempla as necessidades de todos os trabalhadores, nem projeta o futuro do Banco público.

“Não pode a direção da empresa dar as costas para a nova geração, para o futuro da empresa. É isso que está em jogo: a perenidade do Banrisul, que não vai se encerrar apenas com esses trabalhadores que aqui estão, outros virão, como vêm desde 1930”, destacou o diretor da Fetrafi-RS Fábio Soares Alves, o Fabinho. “Não vamos precarizar a empresa, não vamos quebrar a empresa, temos que fortalecê-la e para isso tem que ter unidade dos seus trabalhadores e harmonia no local de trabalho.”

“A luta vai continuar até nós chegarmos em uma proposta que contemple todo o funcionalismo do Banrisul”, completou o diretor do SindBancários Gerson Reis.

Movimento Sindical orienta rejeição da proposta

Sem sinalização do Banrisul para melhoria nas tabelas de gratificação de função (GFs), o SindBancários Porto Alegre e vários sindicatos do interior irão realizar assembleia na próxima quinta-feira (14/08), com orientação de rejeição da proposta. A atividade será precedida de plenária, em formato presencial e virtual, e o edital será publicado nos próximos dias.

Até lá, a COE Banrisul está na expectativa de que uma nova proposta, contemplando as reivindicações apresentadas, que possa ser levada à apreciação da categoria na assembleia com o apoio do Movimento Sindical.

“Basta (o Banco) colocar perspectiva de futuro nessa proposta, que vem na esteira da melhoria da tabela de gratificação de função, porque fala diretamente com os que hoje são escriturários do banco e que procuram alçar uma carreira e ser promovidos futuramente. Essas pessoas vão trabalhar a mesma coisa que os comissionados e ganhar muito menos. Não tem isonomia a proposta do Banrisul”, explicou o diretor do SindBancários e membro da COE Sergio Hoff.

“O Banco tem muito a ganhar e precisa desse acordo. Os colegas querem o acordo. O Sindicato defende a reestruturação, mas não a esse preço. A empresa tem até quinta-feira para nos procurar e alcançarmos aqueles itens pequenos e baratos para o Banco que faltam para a defesa de uma proposta equilibrada. Se isso não acontecer, a nossa orientação será de rejeição”, finalizou o presidente do SindBancários, Luciano Fetzner.

Fonte: Bancários RS


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