Direção do banco apresenta à CEE/Caixa proposta já rejeitada pela categoria; debate continuará na próxima sexta-feira (1º/11)

Não houve avanços significativos na negociação de terça-feira (29), entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal e representantes do banco, sobre questões específicas de caixas e tesoureiros. Na prática, a Caixa reiterou a mesma proposta rejeitada pela categoria, sem incorporar as revisões solicitadas e, mais uma vez, deixou de fornecer informações fundamentais para o debate.

“A postura da Caixa de não fornecer dados concretos sobre as funções compromete uma negociação justa e transparente. Nossa impressão é a de que o banco aparenta ter pressa em aprovar o acordo, enquanto não apresenta contrapartidas significativas para os empregados, o que gera desconfiança”, afirmou a coordenadora da CEE/Caixa e diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil.

Para Vivian Sá representante da Federação dos Bancários da CUT do Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP), a proposta, considerada insatisfatória pelos representantes dos empregados, falha ao não proteger a remuneração dos trabalhadores que hoje exercem a função, ainda de forma precária. “A ausência de informações claras sobre a quantidade de trabalhadores que exercem as funções por minuto e por prazo, e há quanto tempo estão nesta situação, cria impasses para o avanço nas negociações”, reforçou Vivian.

“A Comissão Executiva dos Empregados deixou claro que não aceitará qualquer proposta que venha a retirar direitos ou expectativas de direitos dos trabalhadores”, completou o representante da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza.

Representantes da categoria presentes na reunião consideram essencial que uma nova proposta seja apresentada, com destaque para a inclusão de uma cláusula que assegure o direito de quem possui processos em andamento e garantias já conquistadas judicialmente, a fim de proteger os trabalhadores contra possíveis perdas de direitos. Além disso, eles consideraram que a designação de 500 funções efetivas para caixas e tesoureiros, uma das propostas apresentadas pela Caixa, aparentemente não é suficiente.

A CEE/Caixa reforçou que não abrirá mão de direitos adquiridos e continuará pressionando para que a Caixa apresente uma proposta justa e que respeite as conquistas dos trabalhadores. Uma nova reunião, em formato híbrido, está marcada para a próxima sexta-feira (1°/11), na esperança de avanços mais concretos.

Texto: Fenae, com edições da Contraf-CUT


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