Segundo a Defesa Civil, as enchentes no Estado já afetaram mais de 350 mil pessoas, que estão sem casa. É prevista também cheia recorde do Rio Guaíba, com danos a Porto Alegre
Novo balanço divulgado pela Defesa Civil estadual na manhã desta sexta-feira (3) indica que 37 pessoas morreram e 74 estão desaparecidas devido às fortes chuvas que atingem diversas regiões do Rio Grande do Sul (RS).
Em transmissão ao vivo na noite de quinta, o governador Eduardo Leite (PSDB) ressaltou a magnitude da catástrofe natural que vem afetando o Estado desde a madrugada de segunda-feira (29). Segundo Leite, considerando as previsões de chuva intensa para os próximos dias, o evento meteorológico em curso será, possivelmente, a maior tragédia ambiental da história do Rio Grande do Sul.
- Municípios afetados: 235
- Pessoas em abrigos: 7.165
- Desalojados: 17.087
- Afetados: 351.639
- Feridos: 56
- Desaparecidos: 74
Óbitos: 37
- Canela (2)
- Candelária (1)
- Caxias do Sul (1)
- Bento Gonçalves (1)
- Boa Vista do Sul (2)
- Paverama (2)
- Pantano Grande (1)
- Putinga (1)
- Gramado (4)
- Itaara (1)
- Encantado (1)
- Salvador do Sul (2)
- Serafina Corrêa (2)
- Segredo (1)
- Santa Maria (2)
- Santa Cruz do Sul (2)
- São João do Polêsine (1)
- Silveira Martins (1)
- Vera Cruz (1)
- Taquara (2)
Enchente histórica de 1941 em Porto Alegre pode ser superada com as chuvas no RS
O nível do Rio Guaíba vem subindo rapidamente segundo medição do Cais Mauá. A tendência de que continue subindo nos próximos dias e supere os 4 metros, 1 acima da cota de inundação do Cais Mauá, que é de 3 metros. O professor Rodrigo Paiva, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH/UFRGS) alerta que há possibilidade de superar, inclusive, o recorde histórico de 1941, quando alcançou 4,75 metros.
Desde 1941, quando o Centro de Porto Alegre passou dias alagado e se teve a ideia para a construção do Muro da Mauá e do sistema de proteção contra cheias, o maior nível alcançado pelo Guaíba foi registrado em novembro do ano passado, 3,46 m. Em setembro de 2023, também havia superado a cota de inundação, alcançando 3,18 m.
“A gente já percebe que os volumes de chuva são superiores ao que tivemos em setembro e em novembro de 2023. Além disso, os rios do interior do Estado também já estão subindo mais do que se observou no ano passado. Então, só isso já nos traria um pouco de preocupação”, afirma.
Fonte: Rede Brasil Atual