Reunido na sede da Fetrafi-RS, no dia 7 de março, o Comando Nacional dos Banrisulenses discutiu temas pendentes da campanha de 2023, como critérios para concessão de PPR, ajuste das metas e plano de carreira. O grupo definiu que o tema PPR será incorporado à mesa de metas e deixou o Encontro Nacional pré-agendado para os dias 25 e 26 de maio.

Antes do debate, foi apresentado um quadro com a evolução do desempenho do Banrisul no quarto trimestre de 2023. Destaque para o índice de inadimplência (2%), menor do que a média do sistema financeiro, e aumento da rentabilidade em 0,6% em relação a 2022. Outra constatação é de que o investimento do Banrisul na Agricultura Familiar foi muito tímido (18%), enquanto o Agronegócio ficou com 47%. (confira aqui o documento elaborado pelo Dieese).

Em relação aos municípios atingidos pelas enchentes do ano passado, foi relatado na reunião que a direção do Banrisul não cumpriu na integridade o que ficou acertado na mesa de negociação: de que iria rever as metas das agências localizadas nas cidades afetadas, de forma que os(as) empregados(as) não fossem prejudicados(as) pelo não pagamento das bonificações. No entanto, a medida foi aplicada apenas para dois municípios: Muçum e Roca Sales, o que resultou no não pagamento da PPR em algumas agências onde não foi feito o recálculo das metas. Raquel Gil de Oliveira, diretora da Fetrafi-RS, sugeriu que seja usado como parâmetro a lista de municípios contemplados pelas medidas emergenciais do governo federal, na hora de apresentar a reivindicação ao Banrisul.

Luciano Fetzner, presidente do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região, lembrou que o pagamento semestral da PPR não ficou bem amarrado na última negociação e que a gratificação dos Operadores de Negócio (ONs) ainda é insuficiente. “São dois temas importantes que precisam ser retomados com urgência”, sugeriu.

Sérgio Hoff, diretor da Fetrafi-RS, disse que é preciso questionar do Banrisul qual o tamanho da importância dada para a função de Operador de Negócio. “Eles precisam definir se a figura do ON ainda é estratégica para o banco. Se a resposta for positiva, a gratificação precisa ser revista”, ressaltou.

Raquel Gil lembrou que o Banrisul continua insistindo em atrelar o pagamento da PPR à questão da adimplência, problema que precisa ser resolvido o quanto antes, através de um acordo formal. “Embora não faça qualquer sentido, porque o trabalhador não deveria ser prejudicado por algo que foge do controle dele, há uma decisão do Ministério Público favorável a essa fórmula de cálculo, o que pode vir a nos prejudicar”, alertou.

Diante desse quadro, Ana Betim, diretora da Fetrafi-RS, destacou a urgência em pedir à direção do banco a abertura da mesa de negociação. “Há uma série de pendências a serem resolvidas, como foi dito aqui. Podemos chamar logo as plenárias regionais para ouvir a base, listar as demandas e elaborar a pauta de reivindicações que levaremos para a mesa”, sugeriu.

A ideia é agilizar o processo para que no final de maio, para quando está pré-agendado o Encontro Nacional dos Banrisulenses, já se tenha uma pauta definida.

O Banrisul que Queremos

Na próxima sexta, 15 de março, às 18h30, haverá audiência pública na Câmara de Vereadores de Novo Hamburgo para debater o futuro do Banrisul. E no dia 25 de março será a vez de Pelotas realizar o debate. Trata-se da campanha “O Banrisul que Queremos”, idealizada pelo mandato do deputado estadual Miguel Rossetto (PT) e apoiada pela Fetrafi-RS, que visa conscientizar a sociedade de que Banrisul é um patrimônio do povo gaúcho e não pode ser privatizado. Além disso, o movimento quer colocar o povo como protagonista na tomada de decisões em relação ao futuro do Banrisul.

Fonte: Bancários RS


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