Segundo o IBGE, total de trabalhadores com carteira é o maior em oito anos. Desalento caiu. Massa de rendimento bate recorde
A taxa de desemprego caiu para 7,8% no trimestre encerrado em agosto. Foi a menor desde fevereiro de 2015, segundo a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE. O total de desempregados foi estimado em 8,416 milhões – 528 mil a menos no trimestre (-5,9%) e 1,277 milhão a menos em 12 meses (-13,2%). É o menor número desde junho de 2015.
Já o total de ocupados subiu para 99,653 milhões, alta de 1,3% ante maio e de 0,6% em relação a 2022. A pesquisa mostra redução da informalidade, que no entanto ainda se mantém elevada: a taxa foi para 39,1%, ante 39,7% em igual período do ano passado. São quase 39 milhões de trabalhadores informais.
Com e sem carteira
Segundo o IBGE, o número de empregados com carteira assinada no setor privado soma 37,248 milhões, crescimento de 1,1% no trimestre e de 3,5% em um ano. É o maior número também desde fevereiro de 2015. Já o total de empregados sem carteira (13,199 milhões) subiu 2,1% ante maio e ficou estável em 12 meses.
Por sua vez, o número de trabalhadores por conta própria (25,359 milhões) caiu 2% em relação a 2022. E o de trabalhadores domésticos (5,892 milhões) ficou estável nesse período.
Queda no desemprego e também entre os que desistiram de procurar trabalho
Os subutilizados (pessoas que gostariam de trabalhar mais) são 20,234 milhões, queda de 2,2% no trimestre e de 15,5% em um ano. É o menor contingente desde fevereiro de 2016. A queda no desemprego foi acompanhada por redução no número de desalentados (que desistiram de procurar trabalho). São 3,576 milhões, com redução de 16,2% ante 2022, e também no menor número desde setembro de 2016.
Entre os setores de atividade, na comparação com agosto do ano passado, a ocupação cresceu em áreas ligadas a serviços (como alojamento/alimentação e transporte/correio) e na administração pública. Caiu na agricultura e na construção civil, ficando relativamente estável na indústria e no comércio.
Estimado em R$ 2.927, o rendimento ficou estável no trimestre e subiu 4,6% em um ano. A massa de rendimentos somou R$ 288,9 bilhões, valor recorde da série histórica, com alta de 5,5% ante 2022.
Fonte: Rede Brasil Atual