A noite do dia 28 de agosto iniciou com um variado e delicioso coquetel, acompanhado de bebidas, entre elas vinhos e espumantes. Assim foram recebidos os participantes do evento que teve como destaques o lançamento de um livro e o sorteio do prêmio especial oferecido pelo sindicato. 

Na abertura do evento, o coordenador da secretaria de Organização e Política Sindical, Nelso Bebber, lembrou a greve que motivou a criação do Dia do Bancário. Destacou ainda que o dia 28 de agosto é também aniversário da Central Única dos Trabalhadores (CUT), criada há 40 anos e à qual o Sindicato dos Bancários é filiado. 

Os medos e ameaças do passado e de tempos atuais

O escritor Henrique Schneider agradeceu a alegria dupla em ser convidado para o evento. Primeiro para apresentar a sua obra, segundo por ser advogado do sindicato há mais de 15 anos, pois atua junto ao escritório Fagundes, Schneider e Advogados Associados.

Citou Ricardo Piglia: “O papel do escritor é dizer bem” e explicou que, como cidadão e escritor, sente o compromisso de estar conectado com o contexto social e político. Portanto, entende que o escritor deve também incomodar. 

Citou o nome de diversos brasileiros que foram exiladas com a idade aproximada de 20 anos, perseguidos pela ditadura militar. “Imagine a dor de uma mãe e um pai que sabe que o filho de 20 anos ainda está em formação e está sendo perseguido. É sobre essa dor que eu conto no meu livro”, disse Henrique. 

O livro A solidão do amanhã é a segunda parte de uma trilogia que trata sobre três grandes temas vinculados aos anos mais sombrios da história do Brasil. O primeiro livro, Setenta, lançado no Sindicato dos Bancários em 2022, fala sobre a tortura. O segundo, fala sobre exílio. E o terceiro livro, ainda não publicado, vai abordar a censura. 

A inspiração para o livro A solidão do amanhã veio de um amigo de infância que entrou na política ao se juntar ao movimento estudantil e foi exilado em 1972. A história não é sobre o exílio em si, mas sobre a preparação para o exílio, o medo e a solidão.

“Eu escrevo por conta da necessidade de falar do período e pelo medo da situação absurda da atualidade”, explicou o autor, citando diversos fatos deploráveis da política brasileira no período recente. Ele lembrou ainda do silêncio e conivência de grande parte da sociedade diante dos acontecimentos. “É assustador ver pessoas nas ruas pedindo pela volta do Regime Militar”. Para Henrique, o Brasil precisa seguir o exemplo de vários países que não têm vergonha de mostrar o seu passado de opressão, para que não se repita. 

Encerramento com sorteio

Após a apresentação do escritor Henrique Schneider, foi realizado o sorteio de dez livros entre os participantes. 

Em seguida, a coordenadora da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer do sindicato, Daniela Amoretti Finkler, convidou Marlene Bolzan, da empresa Vem Junto Viagens, para fazer o sorteio da hospedagem e passeio em Gramado. 

O ganhador foi Sebastião Osmar da Silva Roza Júnior, que atua no Banrisul, em Farroupilha. 

Daniela anunciou aos participantes o convênio fechado com a empresa Vem Junto Viagens, que oferecerá muitas vantagens aos associados.

O evento finalizou com a sessão de autógrafos, quando o escritor fez questão de conversar com cada um dos bancários e bancárias que adquiriram o livro. 

A obra A solidão do amanhã pode ser adquirida AQUI


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