O polêmico PCFS do Banrisul, imposto aos (às) trabalhadores (as) sem qualquer discussão prévia, voltou a ser tema de debate em reunião na quarta-feira (07/06), quando banrisulenses reiteraram o pedido de que o Banco assine o termo de compromisso, proposto pelo MPT, garantindo isonomia entre os que migrarem e os que optarem por permanecer no plano atual.

Durante a apresentação, o Comando Nacional dos Banrisulenses pontuou vários aspectos que seriam prejudiciais à carreira, principalmente dos (as) que tem mais tempo de serviço. “Quem entra no Banco pensando em seguir carreira, vai acabar saindo e todos sabemos que a rotatividade é muito ruim, ela destrói o andamento de processos”, observa Raquel Gil, membro do Comando e diretora da Fetrafi/RS.

Luciano Fetzner, presidente do SindBancários e membro do Comando, observou que o novo PCFS é permeado pelo princípio da meritocracia e que, embora seja uma técnica de gestão, não pode ser aplicada em todas as funções. “Há fazeres técnicos e organizativos que têm tanto valor quanto os que se baseiam na meritocracia”, disse. Ele defendeu o equilíbiro entre mérito e tempo de serviço, uma vez que o novo PCFS não permite mais a progressão apenas por anos trabalhados.

Na análise do Comando, o novo PCFS retira direitos adquiridos, não valoriza a carreira e gera insegurança em relação ao futuro. Vale ressaltar que o Banco só aceitou debater com a categoria, devido a denúncias que chegaram aos sindicatos e ao Ministério Público do Trabalho (MPT) de que gestores estavam pressionando bancários (as) a migrarem para o novo plano.

Os banrisulenses seguem pedindo a suspensão do PCFS até que todos os pontos sejam devidamente esclarecidos. O debate vem sendo feito também com intermediação do MPT e a a orientação do Comando é de que bancários e bancárias NÃO MIGREM, NÃO ACEITEM PRESSÃO E DENUNCIEM.

A próxima rodada de negociação ficou agendada para o dia 20 de junho.

Fonte: Bancários RS


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