Diversas mobilizações foram realizadas neste dia 1º de maio de 2023. Em Caxias do Sul, o Sindicato dos Bancários participou de almoço festivo celebrando a data, no Salão da Igreja dos Capuchinhos, atividade realizada em conjunto com outros sindicatos.

 

Nelso Bebber, secretário de organização política e sindical do sindicato, representou a categoria no palco do evento. Ele recordou que há exatos 80 anos a CLT – Consolidação das Leis do Trabalho – foi promulgada. E denunciou as muitas tentativas, intensificadas nos últimos anos, de destruir os direitos trabalhistas, os sindicatos e tudo o que poderia representar a organização dos trabalhadores. “Neste novo governo temos esperança, porque agora a classe trabalhadora está sendo ouvida e respeitada”.

 

 

Bebber condenou os altos juros do sistema financeiro, que beneficiam apenas aos bancos e prejudicam a geração de empregos, os salários e o poder de compra dos trabalhadores. E criticou o agronegócio, que transforma o país num exportador de soja e milho, mas não ajuda no combate à fome e no desenvolvimento da industrialização e do emprego no Brasil, mantendo o país como colônia dos países desenvolvidos. O diretor explicou que o sindicato defende a revogação da reforma trabalhista aprovada no governo Temer, que possibilitou a terceirização das atividades fins e gerou precarização e estimulou situações de trabalho análogos à escravidão.

 

Outras lideranças sindicais também se manifestaram no almoço, destacando a realidade das suas categorias.

 

Ato unificado destaca conquistas

No Brasil, o principal evento do Dia dos Trabalhadores foi o ato unificado realizado pelas centrais sindicais no Vale do Anhangabaú, centro da capital de São Paulo.

 

O presidente Lula – que iniciou a vida política a partir do movimento sindical – participou do ato e destacou o recente reajuste do salário mínimo (que passa a ter o valor de R$ 1.320,00 a partir deste mês de maio) e a isenção de imposto de renda para quem  ganha até dois salários mínimos (R$ 2.640). Lula prometeu que até o final do mandato a isenção chegará a R$ 5 mil e que a área econômica do governo vai estudar a isenção de IR sobre o valor que os trabalhadores recebem como Participação de Lucros e Resultados (PLR), reivindicação das centrais sindicais. O presidente ainda criticou os juros altos e falou sobre garantir cobertura previdenciária aos trabalhadores de aplicativos.

 

Este é o quinto ano em que as centrais sindicais (CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, Intersindical e Pública) fazem o ato de 1º de maio de forma unificada.

 

 


Compartilhe este conteúdo: