Resultado da assembleia, realizada na segunda-feira (12), marca vitória dos trabalhadores em longo e difícil processo de negociação
Os funcionários do Sistema BNDES, que inclui, além do banco, as subsidiárias BNDESPAR e Finame, aprovaram em assembleia, realizada por votação online na segunda-feira (12), a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), com 1.054 votos, ou 56% do total.
O BNDES é o único banco que ainda não assinou o acordo com seus funcionários. A instituição agiu com grande intransigência durante toda a campanha salarial dos bancários, sempre buscando retirar direitos adquiridos ao longo de décadas de luta dos funcionários, até que a negociação foi levada à mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
A proposta contempla os termos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária, assinada este ano com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), com validade para o período de 2022-2024. Para 2022, o acordo prevê reajuste de 8% retroativo a setembro, e para 2023 a correção será pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais aumento real de 0,5% – condicionado aos resultados do grupo de trabalho (GT) específico para estudo sobre o plano de saúde, oferecido a funcionários, aposentados e seus dependentes, como definido no parágrafo 4º da cláusula 32 do ACT. Conheça aqui detalhes da CCT da categoria. Também está prevista a cláusula pós-emprego, antiga reivindicação do funcionalismo.
As entidades sindicais, associações de funcionários e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que representaram os funcionários nas negociações, divulgarão em breve o resultado final por entidade sindical e os votos em separado. Na assembleia, também foi aprovada a contribuição negocial de fortalecimento das entidades sindicais.
O vice-presidente da Contraf, Vinícius Assumpção, que participou de todas as conversas com o BNDES, afirmou que “essa foi uma vitória importante, numa negociação longa e muito difícil, que exigiu grande participação dos trabalhadores e empenho de suas entidades de representação”.
Fonte: Contraf