Banco espanhol é o único que quer que funcionários compensem horas não trabalhadas em dias de jogos do Brasil na Copa

 

Em comunicado institucional, o Santander informou que as horas não trabalhadas durante os jogos do Brasil na Copa do Mundo 2022 deverão ser compensadas pelos trabalhadores do banco. O Sindicato dos Bancários de Caxias do Sul e Região juntamente com a Contraf/CUT e outros sindicatos de bancários do país, enviou um ofício ao banco reivindicando que a instituição se abstenha de exigir a compensação das horas.

O movimento sindical afirma que o Santander é o único banco que “se manifesta no sentido de compensar, o que, mais uma vez, o diferencia negativamente no sistema financeiro”. O ofício assinala que é de conhecimento público que o Brasil é um país com forte cultura do futebol, e que durante a Copa há uma redução considerável no comércio e até no fluxo de pessoas nas ruas, não sendo produtivo permanecer trabalhando neste período.

Segundo o documento, a decisão de compensar as horas trabalhadas é rechaçada pelos trabalhadores, que demonstram grande insatisfação com o fato: “compensar as horas trabalhadas, nestas situações, é uma imposição descabida e desrespeitosa com a cultura do país, justamente em um período crítico de polaridade. Ou seja, momentos de confraternização e convivência coletiva e pacífica devem ser estimulados por todos, inclusive pelo banco”.

No ofício enviado ao banco, a representação dos trabalhadores salientou que, “até o momento, o Santander é o único banco que se manifesta no sentido de compensar, o que, mais uma vez, o diferencia negativamente no sistema financeiro.”

“Mais uma vez o Santander difere dos seus concorrentes negativamente, impondo uma compensação de horas que deveriam ser de convivência coletiva, que poderia inclusive gerar satisfação e portanto mais produtividade”, observou a coordenadora da COE/Santander, Lucimara Malaquias.

Para Lucimara, compensar as horas trabalhadas, nestas situações, é uma imposição descabida e desrespeitosa com a cultura do país. “Neste período de polaridade, momentos de confraternização e convivência coletiva e pacífica devem ser estimulados por todos, inclusive pelo banco”, disse.

A funcionária da Santander e secretária de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Rita Berlofa, lembra que a decisão de compensar as horas trabalhadas é rechaçada pelos trabalhadores, que demonstram grande insatisfação com o fato. “Ao manter esta decisão, o banco perde uma grande oportunidade de dialogar com os interesses dos trabalhadores e de estimular um ambiente mais integrativo e salutar no espaço de trabalho”, disse. “Assistir aos jogos precisa ser um momento de lazer e não de preocupação sobre como conciliar agenda pessoal com a compensação das horas”, completou.

 

Fonte, Contraf-CUT e SindBancários Poa, com edição Bancax


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