Na última quinta-feira, 26 de maio, a Comissão de Saúde do Banrisul se reuniu e debateu o protocolo de Covid-19, adoecimento mental, casos pontuais de colegas que deveriam permanecer em home office e outros assuntos.
A diretora de Saúde da Fetrafi-RS e empregada do Banrisul, Raquel Gil, cobrou do Banco agilidade no procedimento relacionado aos casos de Covid-19 nas agências que mesmo com surto permanecem abertas e o envio das CATs de todo período da pandemia que, conforme o Acordo Coletivo de Trabalho, deveriam ser encaminhadas aos sindicatos.
O Banrisul se comprometeu a passar as CATs e atualizações quanto aos protocoloe-s da Covid-19 aos representantes dos trabalhadores, contudo, deixou claro que não há nenhum indicativo de fechamento de agências quando for registrado surto. O movimento sindical solicitou que a questão seja revista, pois há casos de agências pequenas em que grande parte da equipe testou positivo e o restante ficaria sobrecarregada em caso de abertura da unidade.
Raquel também questionou os representantes do Banco a respeito dos motivos de as pessoas com comorbidades e deficiências (PCDs) não poderem permanecer em home office. De acordo com o Banco, nas agências onde há escala, os gestores poderão optar por deixar esse grupo em teletrabalho, mas que o critério é de cada unidade.
“Somos todos colegas e queremos o mesmo para o banco, porém o que vemos é que alguns gestores consideram apenas como números sem levar em conta a necessidade de cada um. Se no início da pandemia com muito orgulho tivemos o Banrisul como o melhor em cuidar de seus funcionários, agora temos a falta de humanidade em desconsiderar inclusive laudos médicos que solicitam a permanência do colega em home office”, pontuou a secretária geral do SindBancários, Silvia Regina Chaves.
Assédio moral
Outro ponto bastante debatido durante a reunião foi o assédio moral e o adoecimento que essa atitude vem causando nos banrisulenses. De acordo com a diretora do SindBancários Porto Alegre e Região e aposentada do Banrisul, Ana Lucia Guimaraens, houve denúncia de gestor que criou uma lista erros, constrangendo empregados, além de sobrecarga e pressão por metas, que vem provocando mais problemas de saúde nos colegas. “Controlam até o horário de banheiro dos colegas”, frisou Ana.
“Sabemos que o Banco não aceita esse tipo de assédio, então por que acontece?”, questionou Raquel Gil. Segundo os representantes do Banco, as denúncias de assédio podem ser anônimas e todas são apuradas e alcançam a área que tiverem que alcançar independentemente do nível hierárquico. O canal de denúncia é acessível pelo site www.banrisul.com.br: Atendimento > Canal de Denúncias. O movimento sindical solicitou que o Banrisul dê mais ênfase ao caráter anônimo da denúncia e que reprima as retaliações.
Fonte: SindBancários Porto Alegre e Região