Resultado representa queda de 39,8%, em relação ao mesmo período de 2019 e de 43,5% comparado ao 4º trimestre de 2019

O Bradesco lucrou R$ 3,8 bilhões no 1º trimestre de 2020, com queda de 39,8%, em relação ao mesmo período de 2019 e de 43,5% comparado ao 4º trimestre de 2019. O retorno sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado (ROE) ficou em 11,7%, com redução de 8,8 p.p. em doze meses.

De acordo com o relatório do banco, a queda é motivada, principalmente, pelo aumento da despesas com PDD, que foram impactadas, neste trimestre, pelo reforço de provisão de R$ 2,7 bilhões, em consequência do cenário econômico adverso – de isolamento social em função da pandemia do COVID-19 –, que poderá resultar no aumento do nível de inadimplência, como reflexo da falência de empresas, bem como a degradação do valor das garantias. Esse efeito, porém, foi compensado pelo crescimento da margem financeira com clientes, redução das despesas operacionais no período e crescimento nas receitas de prestação de serviços.

“Mesmo com essa queda na comparação com os últimos resultados, não podemos deixar de observar que o Bradesco, assim como os demais bancos, é altamente lucrativo. Tanto em momentos de crise como quando que a economia vai bem, os bancos estão sempre ganhando muito dinheiro. Por isso, não podemos de deixar de cobrar deles a responsabilidade social, que neste momento é a garantia de emprego e os cuidados com a saúde dos funcionários e de toda a população”, afirmou a coordenadora da Comissão Organizadora dos Empregados (COE) do Bradesco.

A Carteira de Crédito Expandida do banco apresentou alta de 17,0% em doze meses e 5,1% no trimestre, atingindo R$ 655,1 bilhões. As operações com pessoas físicas (PF) cresceram 19,5% em doze meses, chegando a R$ 239,2 bilhões. Os destaques para PF foram o crédito Pessoal (+36,7%), o crédito consignado (+22,1%) e o financiamento imobiliário (+16,1%). Já as operações com pessoas jurídicas (PJ) alcançaram R$ 415,9 bilhões, com crescimento de 15,6% em doze meses. O segmento de grandes empresas cresceu 14,8%, enquanto a carteira de Micro, Pequenas e Médias Empresas, cresceu 17,8%. O Índice de Inadimplência superior a 90 dias cresceu 0,4 p.p. em doze meses e ficou em 3,7%. As despesas com devedores duvidosos (PDD), por sua vez, subiram 17,0%, totalizando R$ 7,3 bilhões.

A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceu 4,9% em doze meses, totalizando R$ 6,7 bilhões. As despesas de pessoal também cresceram no período (6,4%) atingindo R$ 5,0 bilhões. Assim, a cobertura destas despesas pelas receitas secundárias do banco, no período, foi de 133,4%. A holding encerrou o 1º trimestre de 2020 com 97.234 empregados, com redução de 1.922 postos de trabalho em doze meses. No mesmo período, foram fechadas 194 agências.

Veja os destaques do Dieese.

Fonte: Contraf-CUT


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