Nossa homenagem a todas bancárias e bancários neste 28 de agosto, Dia do Bancário. Sabemos que temos muito a comemorar ao longo de muitas décadas de lutas, mas hoje os trabalhadores do ramo financeiro, assim com as demais categorias de trabalhadores, têm seus direitos – conquistados com muita luta – ameaçados. Mais do que nunca é preciso união e força para resistirmos às mudanças, já legalizadas nas duas reformas trabalhistas promovidas nos governos Temer e Bolsonaro, que tiraram muitos direitos da categoria bancária, entre elas, a semana de cinco dias de trabalho. Neste ano estamos protegidos pela Convenção Coletiva de Trabalho assinada em 2018 e com validade por dois anos. Ano que vem os bancos deverão pautar este tema e será preciso a coesão de todas e todos para evitarmos perdas (hoje amparadas pelas alterações na legislação trabalhista.

Como surgiu a data?

No dia 28 de agosto de 1951, o Sindicato dos Bancários de São Paulo decidiu ir à greve para lutar por seus direitos, após uma assembleia histórica. Na época, os profissionais pediam 40% de melhoria salarial e melhores condições de trabalho, mas receberam uma proposta de reajuste salarial insignificante por parte do governo.
O movimento foi boicotado pela imprensa e duramente reprimido pela polícia. O Dops, Departamento de Ordem Política e Social, prendia e espancava os bancários grevistas. Vários sindicatos no Brasil aderiram à greve, mas acabaram aceitando as propostas do governo, que estavam bem abaixo da média solicitada pelos bancários. Em São Paulo, os trabalhadores continuaram resistindo.

A paralisação durou 69 dias e a decisão coube à Justiça. A categoria conquistou 31% de reajuste salarial! Foi uma grande vitória para a classe, mesmo sofrendo perseguição e represálias após a greve. A insistência e força dos bancários em 1951 se tornou um exemplo para toda a classe trabalhadora!

Por esse grande exemplo de luta e resistência, o dia 28 de agosto é lembrado como o Dia dos Bancários em todo o Brasil.

 


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