Falta de pessoal, extrapolação da jornada por conta do acúmulo de tarefas e demora na instalação de corredores nas agências foram alguns dos principais problemas apontados pelo encontro estadual de tesoureiros da Caixa Econômica Federal em São Paulo, realizado no último sábado (8/12), por iniciativa da Apcef, Fetec-CUT/SP e Sindicatos dos Bancários de São Paulo e Campinas.

Como os problemas no segmento afetam empregados de diversos municípios, o encontro cobrou da direção da Caixa maior agilidade para que mais bancários ocupem o cargo de tesoureiro nas unidades. Também foi reivindicada a realização de adequações no mobiliário das agências, com o propósito de que sejam construídos corredores para que o tesoureiro possa transportar numerário sem ser visto pelo público.

Uma constatação: a contratação de mais pessoal para suprir a carência de mão de obra nas unidades é necessidade premente, para melhorar as condições de trabalho e de segurança. Para as entidades organizadoras do encontro, essa medida faz parte do acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho 2012/2013, não existindo qualquer justificativa plausível para a demora em resolver os problemas.

Apcef/RS também promove encontro estadual da retaguarda – Foi no sábado (8), em Porto Alegre, que a Apcef/RS promoveu o encontro estadual dos trabalhadores da retaguarda, com vistas a discutir a busca de alternativas para os problemas enfrentados pelas Rerets. Um dos propósitos do evento foi incidir sobre o plano de ação que a Caixa se comprometeu em apresentar até 31 de março de 2013, para resolução definitiva das situações apontadas sobre saúde, segurança e condições de trabalho do tesoureiro executivo.

Os participantes do encontro relataram situações em suas rotinas de trabalho, ficando demonstrado que as Rerets no Rio Grande do Sul carecem de estrutura adequada. Entre os problemas apontados pelo evento, os destaques são o subdimensionamento no número de empregados e a extinção do cargo de supervisor da retaguarda, situação que vem fazendo com que os tesoureiros, na prática, assumam sozinhos um sem-número de responsabilidades, como conformidade, gestão, conciliação e abastecimento. Isto, por outro lado, vem provocando sobrecarga de trabalho. Resultado: os empregados estão com dificuldades em cumprir os normativos do banco, aumentando assim a insegurança nas rotinas de trabalho.

A assessoria jurídica da Apcef/RS considera a situação relatada pelos empregados uma alteração contratual lesiva. Diante disso, a entidade estuda a possibilidade de impetrar ação judicial para obrigar a Caixa a se abster de exigir dos tesoureiros atribuições não previstas no normativo da empresa como obrigação contratual, sob pena de multa salarial reversível ao trabalhador. Para isso, os trabalhadores devem responder a um questionário elaborado pela associação gaúcha, para identificar as rotinas de trabalho nas Rerets.

Outra decisão do encontro gaúcho foi a realização, em 1º de fevereiro de 2013, do dia do ajuizamento coletivo de ações da 7ª e 8ª horas dos tesoureiros.

Fonte: Fenae Net

 


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